A segunda e última noite do Grupo Especial foi da Grande Rio — e o carnaval também. Com um enredo corajoso, a escola se propôs a desmistificar a figura demonizada de Exu. E conseguiu. O trabalho dos jovens carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora sobre o tema foi uma aula de tolerância religiosa e estética aprimorada e madura em fantasias e alegorias. A Grande Rio é, de longe, a favorita e pode ser pela primeira vez campeã da elite do carnaval carioca.

Num nível mais abaixo, três escolas brigam por fora: Viradouro, Beija-Flor e Vila Isabel, que fechou o carnaval já na madrugada deste domingo. Com uma homenagem a Martinho, a Azul e Branco fez um desfile sem erros, mas entrou na Avenida logo depois da inspirada Grande Rio. As comparações ficaram mais evidentes: nos quesitos fantasias, alegorias e samba, a escola de Caxias se saiu melhor.

As duas últimas vagas no Desfile das Campeãs devem ser disputadas além de Mangueira e Imperatriz por outras duas agremiações que passaram na segunda noite: Tijuca e Portela. Renato e Márcia Lage acertaram a mão na tradicional Azul e Branco de Madureira, que voltou a desfilar de maneira competitiva. Longe do hall das seis primeiras colocadas desde 2016, a Unidos da Tijuca não cometeu erros graves (quase um milagre neste carnaval) e por isso tem chances de voltar no próximo sábado.

Outras duas escolas desfilaram neste sábado, mas não tiveram o mesmo êxito. A Mocidade se perdeu em sem próprio gigantismo, patinou em evolução e desperdiçou o ótimo enredo sobre Oxóssi. Na parte debaixo da tabela de classificação, a Tuiuti teve problemas graves em evolução, mas fez uma apresentação superior a da São Clemente.

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